quinta-feira, 28 de abril de 2016

'Nome social é maior conquista para transexuais e travestis'



Presidente da RedeTrans avalia que uso de nome social em escolas e universidades melhora escolarização dessa população

A presidente da Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (RedeTrans), Tatiana Araújo
A presidente da Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (RedeTrans), Tatiana Araújo

O uso do nome social nas escolas é fator crucial para garantir efetivo acesso à educação para a população transexual e travesti brasileira, aponta a presidente da Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (RedeTrans), Tatiana Araújo. Esse direito está garantido desde o ano passado, quando resolução da Secretaria de Direitos Humanos foi publicada no Diário Oficial da União , assegurando aos cidadãos trans e travestis o uso do nome social nas salas de aula, respeitando a identidade de gênero.

Tatiana relata que 82% das transexuais e travestis abandonam o ensino médio entre os 14 e 18 anos pela discriminação na escola e, muitas vezes, por falta de apoio famíliar. Por isso, o nome social é uma forma de garantir respeito e incentivar a escolarização de pessoas transexuais e travestis.

O nome social é importantíssimo. Era muito difícil dialogar sobre isso nas escolas, hoje o debate está mais avançado e a situação é outra. Antes, essa situação só aguçava o quadro social de exclusão das travestis e trans", diz Tatiana, exaltando a decisão do MEC sobre a questão. "Você vê uma trans ou travesti trabalhando na noite, mas você não sabe o que fez com que essa pessoa só tivesse isso como porta de entrada na sociedade e até para a sobrevivência. A questão escolar coloca travestis e trans dois passos atrás do resto da população”, acrescenta.



FONTE :BRASIL.GOV.BR

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